WESKATE360º
Vídeo produzido por Marina Ortiz
VELHA GUARDA SOBRE RODAS
Com início em Campinas (SP) na década de 70, um dos precursores do esporte na cidade cita como aprendeu a andar “era olhando em revista e aprendendo, não tinha internet”. Apesar da comunicação mais complicada entre os praticantes, os estilos eram diversos (muitos quase extintos e desconhecidos pela nova geração). Além dos shapes diferentes, rodas e trucks, confira o que mais existia de diferente nas quatro rodinhas:
Slalom
Uma das mais antigas modalidades que apareceu por volta de 1963 nos EUA e Europa. A ideia da prática é passar pelo maior número de cones sem derrubar e na maior velocidade possível. Até parece fácil, mas exige bastante técnica.
O Slalom tem as modalidades Thigh (linha reta e espaços pequenos), Super Giant (maior velocidade e cones mais espaçados) e Híbridos (cones em espaços curtos e mais largos podendo sem em linha reta ou S). A competição era feita contra o relógio e cada cone derrubado contava como uma fração de segundo no tempo.
Highline
O Highline é a mais improvável aos olhos da geração atual: com o skate em movimento o praticante pula por cima de uma barra podendo chegar a alturas de 1,60m e volta em cima do shape em seguida. É até difícil de acreditar, mas era comum em competições realizadas em clubes.
Freestyle
Como diz a tradução o estilo é livre, mas bem complicado. Isso porque é como um malabarismo em cima do shape e pode até plantar bananeira. Usar dois skates, trocar os pés e os pulos inventados antes do Ollie estão entre as principais maneiras de exercer o estilo que ainda tem um pouco mais adeptos presentes do que as modalidades acima.
Néio Lúcio Pena, 55 anos
Há quanto tempo anda de skate: 30 anos. Segundo o mesmo, descobriu o esporte por volta dos 15 anos, na década de 70.
Modalidades: o verdadeiro xodó do Néio é o Slalom, mas também competiu por Highline e Freestyle.
Como começou: viu uma propaganda na TV e assim se interessou pelo skate.
Curiosidades: aos 16 anos, Néio foi emancipado para criar sua própria marca de skate "shape by Néio".
Néio tinha parado de andar há cerca de 20 anos e subiu novamente em seu skate quando procurado pela reportagem.

Vídeo produzido por Márcia Craveiro

Foto: Richard Oyama

Foto: Kylian Martin

Foto: Marina Ortiz

Foto: Marina Ortiz

Foto: Marina Ortiz

Foto: Marina Ortiz
OS NOVINHOS E NOVATOS
Quem disse que os novinhos são novatos? Pois é só chegar em qualquer "pico" de skate (como eles mesmo falam) para ver idades variadas de 5, 10, 25 anos para entender o significado: não tem idade, tem identidade.
É o caso do Thiago Henrique Silva, com sete anos de skate. "Achei um skate no lixo", conta. Hoje, o Thiago trabalha em uma loja de skate em frente a Praça das Águas. Mas quem pensa que, em seus vinte e poucos anos só entende da "nova era" pode perguntar até de shape old school para ele.
Hoje em dia, segundo à página especializada no esporte, "Skateboard Brasil", 90% dos skatistas praticam o "Street Skate". As outras modalidades mais comuns na nova geração são:
Skate Vertical
Praticado em um Half-pipe de mais ou menos 3,50m de autura e com as extremidades de sua transição em90º do solo, subindo uma parde vertical.
Skate Bowl
Começou nas piscinas dos Estados Unidos no início dos anos 70. Os primeiros "Skateparks" eram imitações das tais piscinas, até serem criados muitos em forma de bacia, hoje chamados de Bowls.
Skate Banks
Os Banks são variações dos Bowls, porém não tem a parte vertical e geralmente com 2m de altura.
Thiago Henrique da Silva, 20 anos

Há quanto tempo anda de skate: 7 anos
Modalidades: Street Skate
Como começou: O Thiago via seu irmão mais velho andando e gostou do negócio.
Ele acabou achando um skate no lixo e foi assim que se apaixonou pelos pés em quatro rodas.
Curiosidades: Thiago trabalha em uma loja de skate, em frente à Praça das Águas. Isso, claro facilita as saidinhas para praticar o esporte.