WESKATE360º

Rafaela Salles, 15 anos
“Os campeonatos mostram este incentivo que existe hoje em dia para as meninas que querem andar de skate”
A adolescente Rafaela é a menina mais novas das que conversamos, mas ela já anda de skate há dois anos e foi por incentivo da irmã que ela conheceu o esporte. Ela ganhou seu primeiro skate quando tinha apenas 12 anos. Em 2013 quando aconteceu uma oficina que trouxe um skatista amador para ensinar os jovens a andarem de skate. Essa oficina teve duração de aproximadamente 1 mês e foi onde Rafaela aprendeu a andar.
Agora, cursando o segundo colegial, a estudante-skatista reserva o skate para os finais de semana, quando anda com seus amigos da igreja. Rafaela gosta muito de andar em cidades vizinhas como Americana e São Paulo e sempre vai numa pista em Vinhedo “Eu curto muito andar na rua mesmo”, conta.
Atualmente Rafaela recebe patrocínio para participar de competições e para equipar seu skate. Ela explica que nos campeonatos femininos, as meninas não correm contra meninos. “Campeonato feminino é dividido por categoria e também por idade. Mas quando é um campeonato grande com meninos e meninas aí existe somente a categoria feminina, sem separação por idade (a partir de 2 anos). ”Rafaela conta que durante os campeonatos, os meninos comentam que é mais fácil para meninas ganharem as competições simplesmente por serem meninas, pois os juízes, em sua maioria homens, preferem as meninas. Mas Rafaela discorda. “Eu não acho que seja assim, eu já sofri muito preconceito e sei que todas as outras meninas também são muito desvalorizadas.“
Para a jovem skatista, os campeonatos femininos são de extrema importância pois reafirmam a mulher no esporte “Os campeonatos mostram este incentivo que existe hoje em dia para as meninas que querem andar de skate”. Porém, quando os campeonatos são maiores e misturam meninos e meninas é notável o descaso com as mulheres “Eles fazem o feminino de qualquer jeito, não é organizado”
Sobre sua maior inspiração, Rafaela reafirma a importância da skatista Leticia Bufoni: “Ela tem sido um espelho para as meninas. Ela conquista tantos prêmios, ela se mostra firma na presença dos meninos, é amiga deles, ela promove a união no mundo do skate e isso que é importante” Apesar de não pensar em se tronar profissional e andar apenas por prazer, Rafaela não pretende parar de competir “É uma coisa que eu curto, a vibe do lugar, a ansiedade. Correr campeonato traz um pouco de adrenalina na minha vida”
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Créditos: Beatriz Meirelles